domingo, 23 de agosto de 2009

Releitura


Trabalhar a releitura em sala de aula permite que o aluno realize uma leitura da imagem e proporciona conhecer e contexualizar as obras de arte assim como os artistas.


Segundo Heleny Galati
* (MASP) "a diferença entre Releitura e cópia é a seguinte: na cópia você reproduz fielmente (ou pelo menos tenta) o quadro do artista. É isso que os falsificadores fazem. Neste caso você está apenas preocupado com o poder de observação e capacidade para copiar que seu aluno tem. Já a Releitura implica em produzir aquilo que se entendeu da obra, sem preocupações com semelhanças. É o sentimento se aliando à observação na produção de um trabalho."


Trecho do artigo de Arthur Valle: Releitura e análise das obras de arte.
No Brasil, a encarnação mais difundida dessas recentes tendências do ensino artístico é, sem dúvida, a chamada Metodologia ou Proposta Triangular, sistematizada pela arte-educadora Ana Mae Barbosa na década de 1980, e que envolve, como o próprio nome sugere, o trabalho em três vertentes mentais e sensoriais distintas: o fazer artístico, a leitura da obra de arte e a contextualização da arte (Barbosa, 1998, p.33). Em finais dos anos 1990, quando da redação dos Parâmetros Curriculares Nacionais para a área de Arte (Brasil, 1997), a Metodologia Triangular se converteu em, nada mais, nada menos, do que o fundamento oficialmente proposto pela Secretaria de Educação Fundamental do MEC para orientar o ensino artístico no Brasil. Como observou recentemente Ana Amélia Tavares Bastos Barbosa (2005, p.143), o primeiro dos tripés acima referido, o fazer artístico, tem estreitamente se identificado, na prática dos arteeducadores que professam a Metodologia Triangular, com aquilo que se convencionou chamar releitura: o aprendiz criança toma como estímulo para a sua criação artística não um qualquer objeto natural ou imaginário, mas sim uma obra de arte por direito próprio (uma pintura, um desenho, uma escultura, ...), que não é encarada como um modelo a ser fielmente copiado mas, essencialmente, como um “suporte interpretativo” para a produção de trabalhos autônomos (Barbosa, 1991, p.107).



Releitura da obra "Auto retrato" de Tarsila do Amaral, realizado pelos alunos de Bom Jesus do Norte do curso de Artes Visuais a distancia, da UFES.


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