Escrito por Lutz Rocha |
THU, 01 de Maio de 2008 00:00 |
Foi lançado, no dia 08 de abril deste ano, o Programa Banda Larga nas Escolas Públicas, que tem por objetivo a instalação de laboratórios de informática com conexão à internet por meio de banda larga*, atingindo 56.865 escolas públicas do país até dezembro de 2010, ou seja, 86% dos alunos do ensino público (fundamental e médio). Esse programa é resultado de um acordo entre o governo federal, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e quatro operadoras de telefonia – Telefônica, Brasil Telecom, Cercontel e Companhia de Telecomunicações do Brasil Central (CTBC). De acordo com o PGMU (Plano Geral de Metas para Universalização), anteriormente, estas operadoras viam-se obrigadas a levar postos de serviços telefônicos às cidades brasileiras. Mas, com o tempo, a obrigação foi modificada, culminando no Programa Banda Larga nas Escolas. O programa contará com três frentes de ação, sendo a primeira a instalação dos laboratórios de informática por meio do Proinfo (Programa Nacional de Informática na Educação). Na segunda fase, caberão às operadoras a disponibilização da conexão em banda larga a todas as escolas que fazem parte do programa. Nesse ponto, as empresas participantes se comprometerão a disponibilizar gratuitamente o acesso à rede mundial por 18 anos, ou seja, até o ano de 2025, fazendo ainda a atualização da velocidade periodicamente. Por fim, será realizada uma capacitação dos professores. Mas, afinal, o que esse programa vai significar para os cidadãos? A expansão do número de laboratórios e o uso da internet banda larga facilitarão a popularização de diversos conhecimentos antes acessíveis apenas a uma parcela da população. A comunicação em alta velocidade possiblitará ainda a difusão de formas diversificadas de “saber sobre o mundo”. Em outras palavras, podemos conceber esse programa como uma forma de promoção da Cidadania Digital e democratização da comunicação. Um grande desafio tanto para o governo quanto para a população em geral será pensar em como esse projeto será desenvolvido nas escolas, no âmbito das comunidades. Não é difícil perceber que não basta disponibilizar computadores e internet; é preciso fazer uma boa utilização desse material. Neste sentido, o governo também atuará promovendo cursos de capacitação para os docentes e estimulando o uso dos laboratórios. Contudo, a participação das comunidades onde as escolas se encontram será de fundamental importância para que este programa não seja “apenas mais um” e que os laboratórios não fiquem subutilizados. Outra dificuldade que o programa deverá enfrentar é a de atinigir escolas da zona rural, sendo um ponto já observado pelos ministros Fernando Haddad e Dilma Rousseff (Educação e Casa Civil, respectivamente), que na cerimônia de lançamento defenderam a necessidade da implantação do projeto de expansão da internet e banda larga nas escolas que não entraram no Programa. Assim, o Programa Banda Larga nas Escolas traz uma perspectiva de melhoria de aplicaçãoe aproveitamento do conteúdo escolar, impulsionado o desenvolvimento da educação brasileira, e possibilitando a democratização das tecnologias, principalmente, da informação. Cabe-nos agora acompanhar o processo e averiguar os resultados, para comemorar um país menos desigual. *Conexão à internet com velocidade superior a da “Internet discada” |
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Banda Larga nas escolas públicas
Banda larga nas escolas públicas até 2010
http://www.ncd.ufes.br/ncd/
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